OPINIÃO - O que fazer com as emissoras públicas de TV?

Atualmente o Governo Federal possui quatro emissoras públicas: o Canal Gov, que fala sobre as atividades do governo e exibe reprises da programação da TV Brasil; a TV Brasil, canal público feito com o intuito de ser "a BBC brasileira"; o Canal Educação, criado para exibir conteúdos educativos; o Canal Saúde, feito para falar sobre saúde. As três primeiras são controladas pela estatal EBC e a última por entidade parceira.
O problema é que a maioria delas não são tão assistidas pela população, o que acaba não justificando a manutenção das quatro. A TV Brasil é a que está em melhor situação em audiência, mas ainda assim gasta muito para pouco resultado e sua renda vem praticamente toda do Governo Federal, um dinheiro que poderia ir para outras áreas mais importantes.
O ideal seria manter o Canal Gov, já que é ele quem divulga as imagens dos atos do governo para as emissoras comerciais, manter a TV Brasil e fundir os dois outros, passando a exibir somente os programas de maior repercussão deles em um só.
O ideal seria manter o Canal Gov, já que é ele quem divulga as imagens dos atos do governo para as emissoras comerciais, manter a TV Brasil e fundir os dois outros, passando a exibir somente os programas de maior repercussão deles em um só.
Para garantir que continuem sendo valorizados os conteúdos sobre a saúde e os educativos, quando não houvessem atividades do governo, geralmente aos finais de semana e nas noites e madrugadas de segunda a sexta, programas destes dois gêneros também seriam exibidos no Canal Gov.
TV Brasil
TV Brasil
Para reforçar a audiência da TV Brasil, seriam contratados nomes de prestígio para a apresentação dos programas e telejornais, desde que eles não sejam caros para os cofres da emissora e tragam reforço comercial.
Para que houvesse este reforço comercial, deveria ser alterada a lei que cria a EBC, permitindo a veiculação de propagandas, para que a emissora não seja totalmente dependente de verbas do Governo Federal e, assim, consiga trazer conteúdos mais relevantes e atrativos para seus telespectadores, desde que isso não afete o conteúdo editorial da emissora. A TV Cultura já veicula propagandas e está em uma situação muito melhor em audiência em São Paulo, que é o local de principal referência para a medição de audiência, além de ter o seu conteúdo reconhecido mundialmente, tendo sido premiada como segundo lugar em qualidade de programação televisiva do mundo.
Na emissora pública, poderiam ser criados game shows e programas de auditório educativos, pois eles geralmente trazem audiência e faturamento. O jornalismo precisa ganhar um grande destaque por parte da emissora, pois é ele que vem atraindo cada vez mais audiência nos tempos atuais, e ser sempre independente ao governo que estiver no poder.
Os desenhos exibidos na emissora poderiam ser mais famosos, que não estejam sendo exibidos em outras emissoras, assim fazendo uma melhor disputa com a TV Cultura, que hoje detém a maior audiência em programação infantil e títulos conhecidos, como é o caso da Turma da Mônica.
Devemos reconhecer que o conteúdo da TV Brasil tem melhorado nos últimos anos, mas ainda não em nível suficiente do que se espera dela e já foi investido.
Devemos reconhecer que o conteúdo da TV Brasil tem melhorado nos últimos anos, mas ainda não em nível suficiente do que se espera dela e já foi investido.
É importante repensar a manutenção de emissoras públicas que não são muito assistidas pela população, gerando apenas despesas. Ou inova ou é absorvida por quem tem mais audiência. É possível ser educativa e ter audiência ao mesmo tempo. Só falta competência, criatividade e coragem para mudar. Você também pode conferir a sugestão que fiz para a programação da TV Brasil.